
1. Consulte um médico especialista para uma avaliação clínica antes de iniciar o programa de treinamentos e faça retornos periódicos. A avaliação médica permite:
a. Identificar as características clínicas do indivíduo, detectar doenças e limitações orgânicas e avaliar a capacidade física.
b. Realizar um teste ergoespirométrico (para indivíduos com mais de 40 anos) antes de iniciar um programa de treinamento.
c. Realizar exames complementares bioquímicos e outros se forem necessários.
2. Tenha um treinador para ensinar a técnica de corrida, corrigir erros e vícios, além de elaborar um programa com objetivos definidos e períodos de recuperação adequados.
3. Faça exercícios de aquecimento e alongamento antes e após as corridas.
4. Utilize roupas adequadas às características ambientais.
5. Utilize tênis adequados:
a. Procure por algumas características do tênis, tais como boa absorção de impacto, estabilidade, proteção e adaptação dos pés.
b. Considere as características do terreno onde será utilizado.
c. Evite a utilização do mesmo par de tênis em dias consecutivos.
d. Observe a vida média do tênis: 60% do poder de absorção de impacto se perdem após 400-800km de uso, portanto, pessoas que correm mais do que 20km/semana devem considerar a troca dos pares entre cada oito a dez meses.
6. Alguns sinais e sintomas mais freqüentes devem ser investigados:
a. Ferimentos de pele (bolhas, escoriações, quedas das unhas).
b. Dor freqüente ou desproporcional aos esforços.
c. Aumento da temperatura local e vermelhidão da pele.
d. Limitação de movimento de uma articulação ou sensação de bloqueio.
e. Sensação de falseio ou perda de estabilidade de uma articulação.
f. Estalidos dolorosos (joelho, tornozelo, quadril).
g. Dificuldades na realização de exercícios de alongamento com piora da dor.
h. Diminuição de sensibilidade ou da força muscular.
i. Cansaço excessivo, tonturas, náuseas, vômitos, desmaios.
7. Nunca negligencie suas queixas e sintomas. A manutenção ou intensificação do treinamento pode ser prejudicial para uma lesão ou problema clínico não diagnosticado.
8. O autotratamento com o uso indiscriminado de medicamentos (analgésicos, antiinflamatórios) e outras terapias durante os treinamentos e competições, sem avaliação prévia por especialista, pode mascarar ou até agravar os sintomas.
9. O retorno precoce às atividades, desrespeitando o tempo de reparação da lesão, pode propiciar a volta do problema, com risco de agravamento.
10. Procure fazer uma integração entre você, seu treinador e os profissionais da área de saúde que venham a acompanhá-lo (médico, fisioterapeuta, nutricionista).
* Elaborado por Cristiano Frota de Souza Laurino Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela UNIFESP. Diretor Científico do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Membro do Comitê de Educação da ISAKOS. Médico do Clube BM&F de Atletismo.
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